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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Cooperação com o Sebrae capacitará 10 mil pequenos empreendedores brasilienses


Proposta é levar cursos e consultorias para as regiões administrativas mais carentes
Saulo Araújo da Agência Brasília
19/06/2015
ed2d4b24ba0488846e5e05688b8bcbfe_MPequenos empreendedores de 17 regiões administrativas com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) terão a oportunidade de alavancar as vendas por meio de cursos de capacitação e consultorias oferecidos pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF (Sebrae-DF), em parceria com o governo de Brasília. O projeto também levará orientação para quem quer abrir o próprio negócio, mas não conhece os trâmites. Até 2017, a previsão é capacitar 10 mil pessoas. O investimento da entidade no período será de R$ 4 milhões, e não haverá custo para o Executivo local.
Os detalhes da cooperação foram apresentados pelo vice-governador, Renato Santana, e pelo diretor-superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, na manhã desta sexta-feira (19). A proposta terá duas frentes: a primeira é instalar totens do Sebrae nas 17 administrações regionais. Os equipamentos contêm informações relevantes ao microempreendedor, em uma linguagem simples. Com alguns cliques, ele pode emitir o boleto de microempreendedor individual e pagá-lo no próprio terminal, além de inscrever-se em cursos gratuitos do Sebrae.
Renato Santana determinou que cada administração regional ceda dois servidores para auxiliarem no uso dos totens. Ambos vão participar de um curso de agente de desenvolvimento avançado, identificar os estabelecimentos com potencial de crescimento e indicá-los aos profissionais do Sebrae. “Essas pessoas farão a ponte entre governo, administrações e Sebrae; serão uma espécie de facilitadores”, disse o vice-governador.
Encurtar distânciasA segunda frente do projeto consiste em organizar os cursos de qualificação nos locais onde moram os pequenos empreendedores. Para isso, as administrações regionais abrirão os auditórios. Também não está descartado usar como base alguns postos comunitários de segurança desativados. Haverá ainda propostas à direção do Metrô-DF para que estações consideradas estratégicas — Central, Galeria e Praça do Relógio, por exemplo — recebam os totens. “Imagine se um feirante tiver que sair de Ceilândia e ir à sede do Sebrae, no Plano Piloto, para ter acesso à informação? Ele vai fazer isso lá na ponta, na cidade dele, pois nossa ideia é encurtar as distâncias”, afirmou Santana.
Para o diretor-superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, a iniciativa de descentralizar a oferta de cursos de capacitação deve fomentar a economia nas regiões com IDH baixo. “São mais de 500 oportunidades de negócios disponíveis e mais de 15 mil horas de consultorias personalizadas, sem contar o acesso a todo tipo de informação referente à legislação”, destacou. “Certamente é uma parceria que vai contribuir para fortalecer e estimular o empreendedorismo nessas localidades.”
As 17 regiões administrativas inicialmente contempladas serão: Brazlândia, Ceilândia, Fercal, Gama, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Setor Complementar de Indústrias e Abastecimento (SCIA), Sobradinho, Sobradinho II e Varjão.
IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso baseada em três dimensões: renda, educação e saúde. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, ele foi criado com o objetivo de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas o aspecto econômico.

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