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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O desenvolvimento local através da regionalização das compras governamentais




As contratações Públicas são importantes para o desenvolvimento econômico e social do país. O planejamento adequado das compras governamentais é um fator relevante em favor do desenvolvimento local e regional, pois pode privilegiar os pequenos negócios sediados no município e região.  A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas – Lei Complementar nº 123/2006 – vem apontando para o desenvolvimento local desde sua edição.

Assim preconizava a lei, em seu artigo 47: 

“Art. 47.  Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legislação do respectivo ente.”

Discussões à parte, sobre a palavra poderá (que para mim sempre foi um poder/dever), estava lá timbrado “a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional”.

Vários tribunais titubeavam sobre a matéria, mas o EG. TCE/PR, nos idos de 2011, na recepção do processo nº 6557-7/11, com origem no Município de Mercedes, o interessado a empresa Lupges e Cia Ltda - ME, o Conselheiro Corregedor, Dr. Nestor Batista, destacou:

“...  Por fim, destaque-se que estão presentes os requisitos arrolados no artigo 49 da mencionada Lei Complementar para a incidência da aludida restrição geográfica. Com efeito, atenderam ao instrumento convocatório ao menos três licitantes competitivos enquadrados como ME ou EPP e sediados no Município. Demais disso, o tratamento diferenciado em questão está previsto no instrumento convocatório e também na legislação municipal.”

Passado um tempo turbulento, foi sancionada a Lei Complementar 147/ 2014, que trouxe em seu bojo, logo de plano, a mudança da palavra poderá, por deverá, mas, não ficou só nessa novidade, foram 81 alterações.

A Secretaria da Micro e Pequena Empresa apressou-se em emitir a elucidativa cartilha dessas alterações, pontuado suas finalidades: http://smpe.gov.br/documentos/81-inovacoes-simples.pdf

Visto a Lei Geral “atualizada” (por isso que essa lei é chamada de lei viva, porque está em constantes atualizações), observou-se que foi introduzido tema novo, quando foi editado o parágrafo 3º, do artigo 48, com a seguinte disposição:

“... § 3o  Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão, justificadamente, estabelecer a prioridade de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ou regionalmente, até o limite de 10% (dez por cento) do melhor preço válido.”

Era tudo que os municípios almejavam, principalmente, os municípios ditos como pequenos, porém, pairava a dúvida: como acertadamente definir o que era local e o que era regional?

Novamente voltaram as discussões, e, agora com maior ênfase, pois havia a possibilidade declarada do certame licitatório privilegiar direta e efetivamente as empresas locais.

Vários debates sobre o tema foram feitos, inclusive em eventos como os Fomenta edições estaduais (Fomenta é um evento organizado pelo Sebrae nos Estados, onde se debate a LC nº 123/2006, tendo como público alvo os compradores públicos e fornecedores todos no mesmo ambiente).

Na condição de esclarecimento de dúvida, o Egrégio Tribunal de Contas de Minas Gerais, percorrendo a esteira do que decidiu a Corte de Contas da União, atendendo consulta, sobre o tema, decidiu:

“CONSULTA nº 887.734 do TCE-MG – Definição da expressão “regionalmente” do art. 49, II, da LC 123/06. Entendeu o TCE-MG “que o próprio gestor deverá delimitar e justificar, nos autos de cada procedimento licitatório, seu sentido e alcance”. E quanto à delimitação e definição, “que o Administrador deverá demonstrar, motivadamente, que foi levado em consideração as particularidades do objeto licitado, bem como o princípio da razoabilidade e os objetivos do tratamento diferenciado dispensado às MEs e EPPs, previstos no art. 47 da LC 123/06”.

Em Mato Grosso foi feita uma consulta, a saber, de protocolo 193968/2015, a consulente foi a Prefeitura municipal de Itiquira, e a Relatoria coube a Eminente Conselheira interina Jaqueline Jacobsen.

Veio o julgamento e em síntese, foi decidido, o seguinte:

“1) Para efeito de aplicação do § 3º do art. 48 e do inciso II do artigo 49, da LC 123/2006, a expressão “sediadas no local” reporta-se ao município (ente federado) no qual se realiza a licitação para a contratação pública;
2) Para efeito de aplicação do § 3º do art. 48 e do inciso II do artigo 49, da LC 123/2006, a abrangência do termo “regionalmente” deve ser delimitada e fixada na fase interna do certame, no Termo de Referência ou no Projeto Básico, conforme for o caso, e devidamente justificada pela própria Administração Pública, considerando as especificidades de cada objeto a ser adquirido, o princípio da razoabilidade, o respectivo mercado fornecedor e o cumprimento dos objetivos insculpidos no caput do artigo 47 da Lei; ...”

No mesmo rumo, a Presidência da República, publicou o Decreto nº 8.538, de 6 de outubro de 2015, e, no parágrafo 2º, do seu artigo 1º, destacou:
“§ 2º  Para efeitos deste Decreto, considera-se:
I - âmbito local - limites geográficos do Município onde será executado o objeto da contratação;
II - âmbito regional - limites geográficos do Estado ou da região metropolitana, que podem envolver mesorregiões ou microrregiões, conforme definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE...”

Nesse ensejo conclamo os compradores públicos, que utilizem o pregão presencial, e que seus editais contenham os benefícios para as micro pequenas empresas, justificando que o uso dessa modalidade se deve ao atendimento dos ditames preconizados na Lei Complementar nº 123/2006, em especial o desenvolvimento local e regional, tendo em vista que tais compradores podem ser indutores do propalado desenvolvimento, momento que exclamo: para que haja mudança de cenários é preciso sair da teoria e ir para prática!

Assim, há que se registrar, que a legislação apoiando, somando-se os esclarecimentos anunciados, com a devida aplicação dos ditames legais pelos compradores públicos, a regionalização das compras, de fato e de direito, promoverão o desenvolvimento local e regional.







Roque Zacarias Licciardi
é gestor da Unidade de Políticas Públicas Sebrae/MT.

O avanço do ambiente dos pequenos negócios, abordando a temática da REDESIM, por intermédio da simplificação e integração dos processos relativos a abertura, alteração e baixa de empresas.



Os micro e pequenos negócios têm crescido em todo o Brasil, bem como em Mato Grosso e hoje somam mais de 90% de todo o empresariado mato-grossense. Mas, nem tudo são flores, segundo dados do Doing Business (Banco Mundial, 2014), um empreendedor demora em média 107 dias para abrir uma empresa no Brasil, tempo inferior somente a outros três países: Guiné Equatorial (135 dias), Venezuela (144) e Suriname (208).  https://endeavor.org.br/e-possivel-abrir-uma-empresa-em-5-dias-no-brasil/


A REDESIM - Rede Nacional para a Simplificação do Registro e Legalização de Empresas e Negócios – criada pela Lei nº 11.598, de 3 de dezembro de 2007 -  é um sistema integrado que permite a abertura, alteração, baixa e legalização de empresas na Junta Comercial.

A iniciativa integra todos os processos com apenas um único envio de documentos para a Junta Comercial, simplificando procedimentos e reduzindo a burocracia ao mínimo necessário. Orgãos e entidades federais, estaduais e municipais fazem parte deste processo. As empresas não mais ficarão na peregrinação de órgão em órgão para conseguir seu registro.

A REDESIM é administrada por um Comitê Gestor, composto por orgãos e entidades do governo federal, estadual e municipal, responsáveis pelo processo de registro e legalização dos empresários, sociedades empresárias e sociedades simples.

Em Mato Grosso a REDESIM começou a dar seus passos, nesse tom a Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat) implantou, em 2014, ferramenta para sanar dúvidas e proporcionar mais agilidade nos processos de abertura, alteração e baixa de empresa, realizados por meio do portal de Registro Empresarial Integrador (REDESIM/Regin).
Desde então, foi integrada ao sistema, a Prefeitura de Cuiabá, bem como a Secretaria de Fazenda Estadual, fato que mereceu comentário do Governador de Mato Grosso, Pedro Taques, que ao anunciar o envio para Assembleia Legislativa, do projeto de lei, intitulado de “Estatuto das Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso”, na abertura do 7º Fomenta Nacional, em Cuiabá, disse:

“O Estatuto mato-grossense estabelece também normativas para simplificação do registro das Micro e Pequenas Empresas, desde a abertura, alteração cadastral e encerramento. Prevê ainda a constituição de um Conselho Gestor da REDESIM, a ser presidido pela Sedec, e criação do Fórum Estadual Permanente da Micro e Pequena Empresa, que contará com a participação de representantes dos setores público e privado.  Em Mato Grosso o projeto de implantação da REDESIM é feito pela Sedec e ficará sob a responsabilidade operacional da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat). Hoje um piloto, em caráter experimental, está em funcionamento em parceria com a prefeitura de Cuiabá e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), mas é prevista a integração de diversos órgãos do Executivo Estadual e prefeituras para ser implantado em todos os municípios de Mato Grosso.”

Implementada efetivamente a RedeSim, pretende-se que uma empresa, considerada de “baixo risco” (atualmente 90% das empresas têm atividade de baixo risco – fonte: Secretaria da Micro e Pequena Empresa), obtenha seu registro em cinco dias.  Isso ocorrerá em face da entrada única, onde todos os órgãos e entidades responsáveis pelo registro, inscrição, alteração e baixa das empresas serão integrados por meio de uma única entrada de dados e de documentos.

Por falar em baixo risco, foi encaminhado em meados de julho/2015 e está em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, pendente de votação, o Projeto de Lei nº 664/2015 - Mensagem nº 70/2015 - Protocolo nº 5692/2015 - Processo nº 1173/2015, projeto esse que disporá qual será a empresa/atividade de baixo risco no estado mato-grossense.

Parafraseando o Presidente do Sebrae – Guilherme Afif, exclamo: “que a simplificação é indutora do desenvolvimento que desejamos!”

Quero nesse momento afirmar, que com a REDESIM, Mato Grosso ganha solo fértil para os negócios e em especial para as micro e pequenas empresas que são a grande maioria do empresariado do nosso estado e terão facilitados os seus atos de registro.

 



Roque Zacarias Licciardi
é gestor da Unidade de Políticas Públicas Sebrae/MT.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Fatores Motivadores da Formalização do Micro Empreendedor Individual



A figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI) instituído pela Lei Complementar nº 128 de 19 de dezembro de 2008, é o empreendedor “que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional.” (§ 1º, Art. 18-A, da Lei Complementar nº 123/2006) e que possua “um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.” (Art. 18-C, da Lei Complementar nº  123/2006), não podendo ter sócio ou possuir cargo de administrador em outra pessoa jurídica. Tendo em vista esta definição de MEI no qual percebemos tratar-se de um pequeno negócio em que muitas vezes o empreendedor atuou por anos informalmente, indagam-se quais fatores impulsionariam o empreendedor informal a se formalizar?
De acordo com a pesquisa Perfil do Microempreendedor de 2013, realizada pela Unidade de Gestão Estratégica do SEBRAE Nacional, “78,5% dos entrevistados afirmaram que o principal motivo para a formalização foi obter vantagens e benefícios para os seus negócios.” (pág. 65, 5 anos: microempreendedor individual – MEI: um fenômeno de inclusão produtiva. / SEBRAE – Brasília, 2015). Contudo, quais benefícios seriam estes que incentivaram esses trabalhadores a se formalizar? Podemos listar entre outros:a possibilidade de emissão de nota fiscal, os benefícios previdenciários e a redução de burocracia no processo de formalização.
De acordo com o Sr. Roberto de Oliveira, Analista do SEBRAE/MT da Unidade de Atendimento, a formalização abre oportunidades para o acesso ao crédito pelo empreendedor individual junto às instituições financeiras, possuindo conta corrente de Pessoa Jurídica e CNPJ.
O MEI pode emitir nota fiscal para pessoas físicas, caso o mesmo exija e obrigatoriamente deve emitir para outras pessoas jurídicas, nas vendas e prestações de serviços. Isto quer dizer que o ambiente de negócios do empreendedor individual se amplia, a partir do momento que ele torna-se um fornecedor de produtos e serviços para outras empresas, inclusive podendo participar de licitações públicas.
A contribuição previdenciária ao INSS do trabalhador MEI é reduzida a 5% do salário mínimo vigente (§ 2º, Art. 21 da Lei 8.212/1991), e o empreendedor gozará dos benefícios de auxílio doença, aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, salário maternidade, pensão por morte e auxílio reclusão, de acordo com as regras previdenciárias vigentes.
A desburocratização do ambiente de negócios das micro e pequenas empresas simplificou principalmente o ambiente do microempreendedor individual, facilitando e desonerando o processo de licenciamento do negócio, emissão do alvará de funcionamento e registro na Junta Comercial do estado; no qual podem ser obtidos gratuitamente pela internet. Apenas sendo o MEI obrigado de janeiro a maio realizar a declaração anual de faturamento.
A simplificação e desburocratização, aliados aos benefícios concedidos ao empreendedor individual resultaram em um ambiente propício para o desenvolvimento econômico do país, e junho de 2015, após seis anos da criação da figura jurídica do MEI, a marca de cinco milhões de micro empreendedores individuais formalizados, empreendedores que se formalizaram, criaram identidade jurídica, começaram a recolher impostos e aumentaram a geração de emprego e renda no Brasil.









Rafael Capistrano é administrador,e integra a Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Mato Grosso.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

"A importância das Compras Governamentais para o Desenvolvimento Local Sustentável"



          Atualmente, o mercado das compras governamentais no Brasil movimentam torno de R$ 600 bilhões de reais por ano, conforme estimativa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e esse cenário é uma grande oportunidade para os pequenos negócios ampliar as vendas de produtos e serviços, através do mercado das compras públicas e promover o desenvolvimento local sustentável dos municípios.
          Toda cidade vive, dos que vivem nela, por isso a importância de comprar das pequenas empresas da sua cidade, de valorizar o comércio local. É uma questão de mudança de comportamento individual, olhar os benefícios em longo prazo, perceber que a atitude do presente, impacta em resultados no futuro e possibilita melhorias na cidade em que você vive, pois, desta forma, os recursos circulam e beneficiam a sua região.
          Na grande maioria dos municípios, o maior compradores a prefeitura local,não somente em termos de orçamento, mas, em demandas de diversas espécies para atender a um grande número de pessoas.Nessa ótica, o impacto de uma prefeitura adquirir produtos e serviços de fornecedores locais é transformador, pois gera desenvolvimento e estimula a economia do município.
          A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa – Lei Complementar 123/2006, também conhecida como Estatuto da Micro e Pequena Empresa, trouxe avanços significativos, desburocratização e simplificação no ambiente dos pequenos negócios, além de benefícios e facilidades para o empreendedor se formalizar, ter acesso a crédito, ter oportunidades de participar de processos licitatórios, método previsto em Lei (Lei 8.666/93) para aquisição de produtos e serviços dos órgãos públicos.
A lei prevê a obrigatoriedade dos órgãos realizarem editais exclusivos para micros e pequenas empresas, nos itens de contratação cujo valor seja de até R$ 80 mil reais,uma importante alteração realizada através da Lei 147/2014 que ampliou diversos benefícios da Lei Complementar 123/2006, que, a todo modo, já tem nova proposta de alteração e ampliação dos benefícios.
Por esse motivo, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa é uma grande conquista, pois representa o reconhecimento da importância dos pequenos negócios para a atividade produtiva nacional, que, atualmente, passam dos 10 milhões e representam mais de 95% das empresas do País. São milhares de empreendedores que fazem da perseverança e do sonho o combustível para impulsionar seu negócio, crescer e se manter próspero em cenários desafiadores.
Saindo do papel e partindo para a prática, vale destacar a importância da realização do Evento - 7º Fomenta Nacional, que aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro de 2015 no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá-MT. O evento trouxe informações importantes sobre as compras públicas, abordando quatro pilares fundamentais no mundo dos negócios: conhecimento, Oportunidade, Sustentabilidade e Ética. Foram palestras e painéis orientando empresários e produtores rurais, de como vender para o governo, do procedimento para participar de licitações, além de experiências nacionais e internacionais sobre as compras públicas.
Houve ainda o encontro de negócio, que aproximou as pequenas empresas dos órgãos compradores. Neste contexto, o evento trouxe capacitações para os órgãos públicos, que precisam aplicar os benefícios previstos na Lei Geral e para as pequenas empresas, que precisam qualificar-se sobre o procedimento de como participar de licitação, analisar risco, compreender os editais e as obrigatoriedades legais.
Em virtude da relevância e importância crescente do tema para os empresários, o Sebrae criou um site que facilita as buscas por licitações públicas em todo o Brasil: www.licitacoes.sebrae.com.brNa plataforma, os editais do governo federal, estadual e de algumas prefeituras estão concentrados, o que facilita a vida dos empresários que desejam participar de licitações.

Concluindo, são diversos os benefícios para os pequenos negócios participarem do volume das compras públicas. Em tempos de crise, é preciso inovar, buscar novas formas de fazer e vender. A transformação do cenário atual inicia com atitudes individuais, cada parte repensando a sua parte no todo. É preciso deixar de reclamar e começar a fazer parte! As oportunidades existem!
















Aurineise Tierre, é administradora,e integra a Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Mato Grosso.  



sábado, 21 de novembro de 2015

VENCEDORES DA II MARATONA DE NEGÓCIOS PÚBLICOS - CUIABÁ MT

Maratona



VENCEDORES DA II MARATONA DE NEGÓCIOS PÚBLICOS

1º lugar Érica Passarelli do Vale
Assis/SP – Piex: Programa de Investimento e Exportação de Assis
2º lugar Priscila Paula Belens Moreira
Garanhuns/PE – Projeto Empresa Eficiente – Programa de Eficiência Energética para Micro e Pequenas Empresas
3º lugar José Roberto Portero
Pontes e Lacerda/MT – A Certificação da Agricultura Familiar

SELECIONADOS DA II MARATONA DE NEGÓCIOS PÚBLICOS

Agente de DesenvolvimentoMunicípioEstadoProjeto
1. Adriana Pedroni de MeloPRESIDENTE NEREUSCDiversificação de Produtos Sustentáveis na Economia Familiar
2. Aildo Biserra da SilvaARCOVERDEPESerra das Varas – Terra de Oportunidades
3. Altair Aparecido TonioloLENÇÓIS PAULISTASPEscola de Negócios – Gerando Oportunidades e Contribuindo para o Desenvolvimento Econômico Local
4. Claudiomiro AmaralCHAPECÓSCA Regulamentação e Formalização dos Food Trucks de Chapecó
5. Dora Farias de BritoICAPUÍCEGente da Terra
6. Elizete Cristina Gonçalves dos Santos RangelCACHOEIRAS DE MACACURJAgronegócio e Município Saudável
7. Érica Passarelli do ValeASSISSPPiex – Programa de Investimento e Exportação de Assis
8. Fabíola Faria de OliveiraALTINÓPOLISSPCentro de Formação e Empreendedorismo de Altinópolis/SP
9. Gabriela ZibettiNOVA IPIXUNAPARECRIAR - A Sustentabilidade no PA Agroextratista
10. Giselle Caprioli GoulartTANGARÁ DA SERRAMTRealizando Um Sonho Doce – Fomentando a Geração de Renda na Agricultura Familiar
11. Ingrid Dayane Sousa Pimenta SilvaVITÓRIA DO XINGUPATurismo como Fonte de Renda e Sustentabilidade
12. Jéferson Rodrigo da SilvaSÃO PEDRO DO BUTIÁRSImplementação de Central de Compras do Município de São Pedro do Butiá
13. Jorge Braz Cardoso FerreiraCANTAGALORJO Patrimônio Cultural como Nova Fonte de Desenvolvimento
14. José Roberto PorteroPONTES E LACERDAMTA Certificação da Agricultura Familiar
15. Josimar SimonettiTAIÓSCImplantação em Taió de uma Unidade de Processamento de Pescados para a Região do Alto Vale – SC
16. Magno Augusto de OliveiraANGÉLICAMSCentro de Produção e Distribuição dos Produtos da Agricultura Familiar
17. Paulo Ricardo Alves Costa Boa SorteGUANAMBIBASala do Empreendedor de Guanambi Capacita
18. Priscila Paula Belens MoreiraGARANHUNSPEProjeto Empresa Eficiente – Programa de Eficiência Energética para Micro e Pequenas Empresas
19. Suelen Regina Oliveira FelizardoMEDICILÂNDIAPAA Rota do Cacau no Xingu
20. Wagner André de OliveiraGUARARÁMGFomento e Desenvolvimento Local com Foco no Protagonismo Juvenil voltado para a Valorização do Comércio Local


MARATONA DE NEGÓCIOS – De 17 a 19 de novembro de 2015
Local: Centro de Eventos do Pantanal – Av. Bernardo Antônio de Oliveira Neto, s/n – Jardim Santa Marta – Cuiabá/MT

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Evento terá 10 caravanas do interior de MT e 20 de outros estados


12/11/2015
Grupos serão direcionados a palestras e capacitações adequadas ao papel exercido por eles nas compras governamentais
Caroline Rodrigues/ASN
produtor rural.Divulgação

Cuiabá/MT – Produtores rurais, empresários e integrantes de comissões de licitação do interior de Mato Grosso e de outros estados do Brasil estarão presentes no 7º Fomenta Nacional, que acontece nos dias 17 e 18 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal. Eles fazem parte das 30 caravanas, com 780 pessoas, organizadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Do total, 10 veem de 33 municípios mato-grossenses e 20 de outras unidades federativas.
No evento, os grupos serão encaminhados para roteiros diferentes, adequados ao interesse de cada um. Os empresários, por exemplo, vão participar de palestras e oficinas destinadas aos fornecedores. Entre elas estão “Como participar de licitações” e “Como fornecer para a administração pública reduzindo os riscos”.
Já as comissões de licitação vão integrar as programações ligadas à parte burocrática, bem como a apresentação dos órgãos de controle, que vão orientá-las, respondendo as principais dúvidas dos servidores.
O gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae-MT, Roque Zacarias Licciardi, conta que na quarta-feira (18), no evento, serão realizadas duas licitações direcionadas aos pequenos negócios. Uma delas é do governo do Estado de Mato Grosso e a outra da prefeitura de Cuiabá.
Todos os presentes vão poder assistir o processo e ter acesso aos documentos para estudar e usar como modelo, caso se encaixe na necessidade da empresa que atuam.
PRODUTORES RURAIS – O fomento a agricultura familiar é um dos objetivos do evento, tanto que a programação conta com um roteiro específico para os produtores.
Marcelo Holanda, da Unidade de Agronegócios do Sebrae-MT, explica que fornecer para os programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma oportunidade.
Primeiro porque o mercado é garantido, tendo em vista que as prefeituras são obrigadas a comprar 30% dos insumos da alimentação escolar da agricultura familiar. A segunda vantagem é o preço, pois o governo pratica o valor de mercado e não mais barato, como nas demais contratações. Quando o produto é orgânico, as regras permitem um acréscimo de 30% no valor pago.
Holanda lembra que quando existe o esclarecimento de ambas as partes e a organização, as escolas conseguem adquirir quase 100% dos alimentos das pequenas propriedades rurais. “Orientamos os produtores a se preparem para conseguir garantir frequência e volume suficiente para atender a demanda”.
O EVENTO – As pessoas que quiserem mais informações sobre a programação ou se inscreverem no evento devem entrar no site do evento: www.fomentanacional.com.br. A inscrição é gratuita e pode ser realizada até o dia do evento.
São parceiros do evento o Governo Federal, o Governo do Estado de Mato Grosso, Prefeitura de Cuiabá, Controladoria Geral da União, Assembleia Legislativa, Facmat, Famato, Sistema Fecomércio, Sistema Fiemt, FCDL, AMM, Ministério Público do Estado, Ministério Público de Contas e Tribunal de Contas do Estado.
Serviço:

Unidade de Marketing e Comunicação Sebrae-MT
+55 65 3648 1214 e 1215

Rita Comini – +55 65 9932 1890

Caroline Rodrigues – +55 65 84065734

Vanessa Brito – +55 (65) 3648 1261/ 9685.3004

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

FOMENTA NACIONAL CUIABÁ - MT

Encontro reunirá fornecedores e compradores
Vinte empresas âncoras já confirmaram a presença e vão apresentar os produtos que costumam comprar e o que exigem das empresas contratadas
Caroline Rodrigues
Cuiabá /MT – Quem tiver interesse em vender para o poder público tem a oportunidade de fechar negócios no 7º Fomenta Nacional, que acontece nos dias 17 e 18 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal. Vinte empresas âncoras vão ocupar os estandes do Encontro de Oportunidades, que será instalado no pavilhão do centro.
No local, serão apresentadas as demandas das empresas e os empreendedores visitantes terão a oportunidade de sanar as dúvidas sobre os requisitos para compra, forma de pagamento e entrega, além de mostrarem as vantagens do que produzem aos potenciais clientes.
Já estão confirmadas as participações do Banco do Brasil, Correios, Marinha, Exército, Ministério do Desenvolvimento, Receita Federal do Brasil, Secretaria Nacional das Micro e Pequenas Empresas, Serviço Federal de Processamento de Dados, Organização das Nações Unidas, Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Caixa Econômica Federal, Ministério Público, Ministério de Desenvolvimento Agrário, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), Eletronorte e Bolsa Eletrônica de Compras de São Paulo (Becsp).
O gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae-MT, Roque Zacarias Licciardi, diz que muitas vezes as licitações com benefícios aos pequenos negócios são abertas, porém os fornecedores locais não participam. Eles sentem-se pouco competitivos e na maior parte dos casos, segundo Licciardi, desconhecem a legislação que traz tratamento diferenciado as pequenas empresas.
O encontro, na opinião dele, é a chance de congregar em um mesmo espaço clientes e compradores e sanar. Vale lembrar que todos os anos, segundo estimativa do Sebrae, mais de R$ 600 bilhões são negociados por meio das aquisições governamentais no país.
O consultor Felipe Ansaloni, um dos palestrantes do Fomenta, vai ministrar a oficina "Como participar de licitações públicas”. Ele explica que os empresários precisam se preparar para o processo.
Ansaloni argumenta que após a abertura dos envelopes, a empresa vencedora tem 8 dias para apresentar os documentos. "Devido à burocracia, alguma certidões chegam a demorar meses para serem liberadas, o que inviabiliza a transação comercial”.
O palestrante relata que pretende ser objetivo e prático nos exemplos e na apresentação dele. "Quero encurtar o caminho entre os empresários e o poder público. Darei dicas, sites para buscar informações, cartilhas e todo conhecimento necessário para o participante entrar em uma concorrência”.
FOMENTA - O evento é promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e terá a participação de agentes públicos, empresários e produtores rurais de todo Brasil e de países do continente americano, como Costa Rica, República Dominicana e Chile.
As pessoas que quiserem mais informações sobre a programação ou se inscreverem no evento devem entrar no site do evento:www.fomentanacional.com.br. A inscrição é gratuita e pode ser realizada até o dia do evento.
São parceiros do Fomenta Nacional o Governo Federal, o Governo do Estado de Mato Grosso, Prefeitura de Cuiabá, Controladoria Geral da União, Assembleia Legislativa, Facmat, Famato, Sistema Fecomércio, Sistema Fiemt, FCDL, AMM, Ministério Público do Estado, Ministério Público de Contas e Tribunal de Contas do Estado.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Governo de Mato Grosso prepara projeto para desburocratizar microempresas


09/11/2015
O objetivo é tornar o segmento mais competitivo, gerar emprego e reduzir a informalidade
Maria Angélica Oliveira
Maria Anffe/GcomMT

Maria Anffe/GcomMT

O governo de Mato Grosso vai apresentar à Assembleia Legislativa um projeto de lei para criar o Estatuto das Micro e Pequenas Empresas, um avanço para o Estado na questão da reforma tributária. O objetivo é tornar o segmento mais competitivo, gerar emprego e reduzir a informalidade.
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, se reuniu com os secretários Paulo Brustolin, da Fazenda, e Seneri Paludo, de Desenvolvimento Econômico, na quinta-feira (5.11) para receber um anteprojeto elaborado pela Câmara Setorial Temática da Reforma Tributária, instalada na Assembleia Legislativa.
O material recebeu o apoio do Governo e será incorporado aos estudos já em andamento na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
“Não faremos uma reforma tributária na calada da noite. A reforma tributária será feita com transparência, sem pegadinhas e ouvindo a todos”, garantiu o secretário-chefe da Casa Civil.
Paulo Taques sugeriu ainda que o deputado Oscar Bezerra seja o relator do projeto a ser apresentado pelo governo. Foi o parlamentar quem propôs a criação do grupo de estudos no Legislativo.
Participaram da reunião representantes da Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso, Conselho Regional de Contabilidade, Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Ordem dos Advogados do Brasil.
A base do anteprojeto é estabelecer tratamento jurídico diferenciado para o pequeno empresário. Entre os principais pontos estão: simplificar a abertura de empresas, aderir ao Simples Nacional e priorizar a microempresa na aquisição de bens e serviços por parte do Poder Público.
Reforma tributária em MT
O secretário de Desenvolvimento Econômico anunciou que em breve será assinado um contrato com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para preparar o projeto da reforma tributária. Um dos pontos que a entidade deverá analisar será a criação de uma alíquota progressiva e a aplicação do teto real do Simples.
Atualmente, é comum que empresários cancelem suas empresas para abrir outras e, assim, fugir do Fisco. “Quando chega no teto, já tem outra empresa pronta para trabalhar”, explicou o deputado Oscar Bezerra.
Com as alterações, o limite de receita bruta anual para recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) passaria de R$ 1,8 milhão para R$ 2,52 milhões. A mudança deve afetar a arrecadação estadual.
“Isso já significa um impacto, num primeiro momento, de R$ 140 milhões no caixa do governo. Depois, a economia cresce e o custo se dilui”, ponderou Seneri Paludo.
Paulo Brustolin também acredita que, apesar de eventuais perdas, os efeitos da reforma serão positivos. “Projetos como esse podem trazer empresários para a legalidade e atuar como política anticíclica para o momento econômico.”
Para o secretário de Fazenda, o Estado também precisa rever incentivos fiscais. De acordo com ele, cinco cidades de Mato Grosso concentram 85% desses benefícios e, muitas vezes, em setores com pouca participação na economia regional.

Presidente do Sebrae propõe mobilização nacional para defesa do Simples


09/11/2015
No 16o. Congresso da Facesp, o ex-ministro expõe pressões da Receita contra projeto que garante transição gradual do regime do Simples para o de Lucro Presumido
Renato Carbonari Ibelli
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Guilherme Afif Domingos, ex-ministro da extinta Secretaria da Micro e Pequena Empresa disse que dará continuidade a todos os projetos que encabeçava no governo federal na sua nova função, como presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoia às Micro e Pequenas Empresas).
Afif participou nesta sexta-feira, (06/11), do 16° Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). “O ministério foi extinto por causa da reforma administrativa. Foi a contragosto da presidente Dilma. Mas assumo o Sebrae para dar andamento aos projetos que tocava no governo”, afirmou Afif, que assumiu a presidência do Sebrae há cerca de um mês.
Sua passagem como ministro foi pontuada por atritos com a Receita Federal devido à tentativa de reformular as tabelas do Simples Nacional.
Hoje, à medida que as empresas do Simples aumentam o faturamento, escalam essa tabela. Ao atingirem o limite de R$ 3,6 milhões anuais, teto atual do regime, precisam migrar para o Lucro Presumido. O resultado é que acabam bem mais tributadas.
Afif propõe uma transição gradual, sem grandes saltos entre um regime e outro. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora aguarda votação do Senado.
Segundo o ex-ministro, a Receita tem feito pressão para a não aprovação do projeto alegando que a mudança implicaria em perda de arrecadação.
A proposta está sendo analisada pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, tendo como relatora a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). “Soube que a Receita tem pressionado a senadora Marta para que ela não aprove o projeto”, comentou Afif durante o Congresso da Facesp.
Ele conclamou os empresários presentes ao encontro a se mobilizarem pela aprovação da proposta.
Em seguida voltou a criticar a Receita Federal pela maneira como conduziu a inclusão dos empregadores domésticos no eSocial – sistema que irá armazenar dados trabalhistas e previdenciários de todos os trabalhadores.
“Estão chamando de Simples doméstico, mas de simples não tem nada. Na realidade estão obrigando os empregadores a realizarem um senso demográfico dos trabalhadores domésticos”, disse.
Afif apontou suas prioridades, além da aprovação das tabelas progressivas do Simples, da sua gestão à frente do Sebrae. Entre eles está o programa Bem Mais Simples, iniciado enquanto esteve no governo federal.
Esse programa busca desburocratizar os procedimentos para pessoa física e jurídica reduzindo o número de órgãos envolvidos no trato com o contribuinte e também o número de procedimentos aos quais ele está sujeito.
Também destacou a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC), proposta que amplia o Simples Nacional, permitindo que micro e pequenas empresas possam realizar empréstimos e financiamentos para pessoas jurídicas. O Projeto de Lei Complementar que cria a ESC foi aprovado na Câmara dos Deputados.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Sebrae defende que pequenos negócios tenham mais acesso ao crédito


04/11/15
Presidente do Sebrae participou da abertura do Fórum de Cidadania Financeira promovido pela instituição e o Banco Central
Vinícius Tavares
Presidente Afif na abertura do Fórum de Cidadania Financeira
Presidente Afif na abertura do Fórum de Cidadania Financeira

Brasília – O presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, defendeu mais acesso ao crédito para as micro e pequenas empresas durante a abertura do Fórum de Cidadania Financeira, nesta quarta-feira (4), em Brasília. O evento está sendo promovido pelo Banco Central (Bacen), em parceria com o Sebrae, até quinta-feira (5). De acordo com o dirigente, seu grande desafio é colocar a instituição na liderança das políticas públicas voltadas ao empreendedor.
“O sistema financeiro nacional é muito concentrado nas médias e grandes empresas. O crédito ainda é voltado a serviços financeiros para pessoas físicas e consumo. Mas, quando a gente fala em financiar a produção, temos um longo caminho pela frente, pois as instituições são grandes demais para atender o pequeno produtor. O papel do Sebrae é entrar mais firme nessa batalha”, destacou.
Afif apresentou uma pesquisa feita pelo Sebrae em 2015, segundo a qual apenas 17% das microempresas tomaram empréstimo, enquanto 24% das empresas de pequeno porte contraíram crédito. Segundo o levantamento, os fornecedores são os principais financiadores de 72% das microempresas e de 76% das empreendimentos de pequeno porte.
O cheque pré-datado é usado por 51% das microempresas e 57% dos negócios de pequeno porte. Ainda conforme a pesquisa, possuem conta bancária 84% dos donos de microempresa e 89% dos proprietários de pequenas empresas. Em 2015, o valor médio de empréstimo solicitado foi de R$ 36 mil por microempresa e de R$ 56 mil por empresa de pequeno porte.
O presidente recém-eleito do Sebrae reforçou a importância dos pequenos negócios na manutenção de empregos. “Enquanto as médias e grandes desempregaram 800 mil pessoas de janeiro a novembro, as micro e pequenas empresas ainda sustentam saldo positivo de 109 mil vagas”, frisou.
Desde 2000, Sebrae e Bacen já promoveram 16 eventos conjuntos, com destaque para os seminários de microfinanças e os fóruns de inclusão financeira. Até este mês, o Sebrae já capacitou 500 mil pessoas em educação financeira.
Mais informações:
Assessoria de Imprensa Sebrae
(61) 3243-7851
(61) 3243-7852
(61) 2104-2768
(61) 2104-2770

Microempreendedor individual é qualificado, quer crescer e tem visão empresarial


05/11/2015
Pesquisa do Sebrae mostra que 80% dos MEI utilizam algum tipo de financiamento, mas somente 40% obtiveram empréstimo
Redação ASN
Pesquisa do Sebrae mostra que MEI tem boa escolaridade
Pesquisa do Sebrae mostra que MEI tem boa escolaridade

Brasília – O número de microempreendedores individuais vem crescendo rapidamente. Com perfil heterogêneo, mas cada vez mais qualificado, a maior parte dos MEI deseja crescer e possui visão empresarial. Essas são as principais conclusões da pesquisa “Perfil do Microempreendedor Individual”, que também foi apresentada no Fórum de Cidadania Financeira, realizado pelo Banco Central em parceria com o Sebrae em Brasília.
Segundo dados da pesquisa, os MEI atuam principalmente nas áreas de comércio (38%) e serviços (37%) e possuem entre 31 e 40 anos (33%). Concentrados na alta classe média (27%) e baixa classe alta (25%), eles também têm boa escolaridade: 20% possuem ensino superior completo ou mais; 42% ensino médio ou técnico completo e 38% até médio ou técnico incompleto. A maior parte deles (63%) buscou a formalização por considerá-la boa para seu negócio, e 77% dizem querer crescer e se tornar microempresa.
Mas isso não acontece por falta de interesse dos MEI, pois eles são muito ativos na demanda de crédito não bancário. Segundo o levantamento do Sebrae, 80% dos MEI utilizam hoje algum tipo de financiamento (cheques pré-datados, negociação com fornecedores ou outro tipo de transação). Porém, somente 40% obtiveram empréstimo em bancos nos últimos cinco anos e apenas 20% recorreram a esse expediente em 2015 – e 10% foram bem sucedidos em obter recursos.
Os MEI, aponta a pesquisa do Sebrae, se inserem frequentemente como pessoa física no sistema financeiro. Comparados com as pequenas empresas, os microempreendedores individuais são os que proporcionalmente mais fizeram empréstimos em bancos em nome da pessoa física nos últimos cinco anos. Entre os que contraíram empréstimo em banco, o percentual é de 46% entre os MEI, 17% nos microempresários e 8% dos empresários de pequeno porte.

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